(Falta de) Vergonha na cara

Este texto do director do Record mete-me tanto nojo que nem sei como o comentar.
Segundo a lógica deste senhor, para credibilizar o futebol o que é preciso é "assobiar para o lado" e fingir que nada se passa.
Ainda segundo a lógica deste senhor (com letra pequena), informar os leitores não é uma das funções do jornalismo desportivo. A função do jornalismo desportivo é enganar os seus leitores (por omissão) como se fossem crianças. "Não podemos dizer às crianças que o Pai Natal não existe, porque estraga a magia" parece comentar o sr. Pais.
"José Diogo Quintela disse, nestas colunas, que gostaria de ler amanhã no Record "uma notícia qualquer sobre escutas e corrupção que não seja primeiro dada nos jornais generalistas".
Trata-se de um desejo difícil de concretizar, pois quando o futebol perder de todo a credibilidade-traído por aqueles a quem dá de comer- aos generalistas não faltarão outros temas para exibir barba rija. mas, morto o futebol, o Record perderá a razão de existir.
Que mexam no lixo que os tribunais largaram. Nós pertencemos a um circo que vive de emoções- de golos e de erros, títulos e de frustrações. E não temos vergonha disso"
A. Pais, director do Record, in Record 15 de setembro de 2006
3 Comments:
retribuo a visita para lhe agradecer o comentário e recordar (nos) que o alexandre pais voltou hoje à carga...nomeando uns baixinhos a abater.
abraço e continuação
A maior culpa de haver "sistema" em Portugal e o futebol estar no estado em que está é o facto de haver três jornais desportivos diários que fazem de conta que nada se passa. Lamentável...
Aquele abraço gloriosamente natalício.
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