sábado, fevereiro 10, 2007

Libero

sábado, setembro 16, 2006

(Falta de) Vergonha na cara





Este texto do director do Record mete-me tanto nojo que nem sei como o comentar.

Segundo a lógica deste senhor, para credibilizar o futebol o que é preciso é "assobiar para o lado" e fingir que nada se passa.

Ainda segundo a lógica deste senhor (com letra pequena), informar os leitores não é uma das funções do jornalismo desportivo. A função do jornalismo desportivo é enganar os seus leitores (por omissão) como se fossem crianças. "Não podemos dizer às crianças que o Pai Natal não existe, porque estraga a magia" parece comentar o sr. Pais.


"José Diogo Quintela disse, nestas colunas, que gostaria de ler amanhã no Record "uma notícia qualquer sobre escutas e corrupção que não seja primeiro dada nos jornais generalistas".

Trata-se de um desejo difícil de concretizar, pois quando o futebol perder de todo a credibilidade-traído por aqueles a quem dá de comer- aos generalistas não faltarão outros temas para exibir barba rija. mas, morto o futebol, o Record perderá a razão de existir.

Que mexam no lixo que os tribunais largaram. Nós pertencemos a um circo que vive de emoções- de golos e de erros, títulos e de frustrações. E não temos vergonha disso"

A. Pais, director do Record, in Record 15 de setembro de 2006

quarta-feira, agosto 23, 2006

GRAZIE MILLE MAESTRO !!!



Grazie Mille é só o que me apetece dizer ao Maestro. Quem gosta e sabe apreciar verdadeiramente o futebol só pode deliciar-se quando vê Rui Costa a jogar.

Nunca tive dúvidas que o seu regresso seria benéfico ao Glorioso e cá está a primeira demonstração. Para quem diz que ele não tem pernas para 90 minutos eu respondo que ele não precisa de tanto para decidir um jogo. Ontem, por exemplo, aos 30 minutos já tinha: um golo; um cruzamento "com açucar" para Nuno Gomes (que só não deu golo porque o guardião austriaco fez uma grande defesa); uma assistência brilhante a isolar Paulo Jorge; uma jogada em que aparece em boa situação para fazer golo, mas o guardião contrário fez bem a "mancha". Por outro lado, algumas das suas principais qualidades não exigem que corra muito (visão de jogo e capacidade de passe).

Podem dizer que no campeonato português, e na fase de grupos da Champions, não irá ter tanto espaço para jogar como teve contra o Austria Viena, mas meus amigos, Il Maestro esteve 12 anos no campeonato mais difícil do Mundo (para quem quer atacar) e foi duas vezes considerado o melhor médio do campeonato (mesmo com Zidane).

Para quem diz que nos últimos tempos o Maestro pouco jogou no Milan eu digo que mesmo a jogar pouco fez tantas assistências para golo no ano passado como Figo, que foi titular o ano todo.

Rui Costa é para mim a garantia de que não estou a desperdiçar dinheiro quando compro um bilhete (o que é positivo pois os preços estão muito elevados e o desperdício seria grande). Afinal estou só a pagar para ver um dos melhores "10" da história do futebol. Aliás mais do que isso, estou a ver um dos últimos da "espécie". Como hoje em dia não "dar pau" é sinónimo de não ajudar na defesa cada vez menos se dá uso a este tipo de jogadores.

Estive na Luz quando o Rui fez o "pior golo" da sua vida e fiz questão de estar presente no seu regresso oficial "a casa". E isto irei dizer orgulhosamente aos meus netos.

quarta-feira, maio 24, 2006

ALIVE

A pedido de várias famílias, depois de dois meses e meio de "abstinência", cá está mais um post! A minha ausência deve-se há falta de tempo, mas sobretudo há falta de disponibilidade mental para escrever no PC.

Quando comprei o bilhete para este concerto pensei logo em escrever uma posta, mas fiquei cansado só de pensar que tinha de fazer um "scan". Contudo, três semanas depois de ter adquirido o ingresso, cá estou eu!

Pearl Jam é uma das minhas bandas favoritas e já há muito tempo que espero por este concerto (mais precisamente desde Maio de 2000). Aliás quando soube que não iam passar por cá para promover o "Riot Act" fiquei um pouco desapontado. Seja como for, finalmente apareceram.

Na semana em que foram postos há venda os bilhetes nem sequer estava em Portugal, por isso quando cheguei já só pude comprar para o segundo concerto. A minha ideia era comprar para os dois dias...mas como os bilhetes de plateia para o dia 4 estavam esgotados comprei só para o dia 5.

Como fã dos Pearl Jam posso dizer que sou uma vergonha, pois do novo album só conheço duas músicas. De qualquer forma, confio que dia 6 de Setembro vá rouco para o trabalho!


P.S. Parece que este é o ano dos regressos :)

quinta-feira, março 09, 2006

Sem espinhas




Grande noite europeia em Anfield Road. Estava preocupado com a ausência de Petit, mas confiante na passagem aos quartos-de-final. A principal razão dessa minha confiança era o facto de o Liverpool estar obrigado a atacar. Coisa não sabe fazer muito bem. Para aumentar ainda mais a minha confiaça, encontrei o tma à hora do almoço no dia do jogo (tal como na 1ª mão).


O campeão europeu é uma equipa forte, é certo, mas quando tem de assumir o jogo revela dificuldades na concretização. A sua principal arma é a organização defensiva, mas tendo de marcar dois golos, teria de arriscar muito mais do que é o seu hábito. Por outro lado, o Benfica com alguns jogadores rápidos, poderia aproveitar esse balanceamento ofensivo e desequilibrar no contra-ataque.

Ao ver o estado do terreno, temi que o Benfica tivesse dificuldades em contra-atacar, pois era muito complicado uma boa circulação de bola. E foi o que aconteceu: no início o Liverpool foi com tudo para cima do Benfica, que nessa altura pareceu demasiado permeável. Os "ingleses" apareciam com alguma facilidade em zonas de perigo. Comecei a suspirar pelo Petit. Não estava Petit, estava o Anderson que varreu completamente a grande área de Moretto. Contei umas 3 vezes nos primeiros 25 minutos, em que apareceu do nada para cortar uma bola que se encaminhava na direcção da baliza (mais uma vez fez-me lembrar o Gamarra). Avé Anderson!

À medida que o tempo ia passando, e o Liverpool continuava sem marcar (atirou uma bola ao poste e falharam um golo fácil, quando o gigante deles isolou-se perante Moretto), comecei a pensar que iria ser muito dificil perdermos esta eliminatória. Isto porque, a medida que as bolas não vão entrando, a equipa que está a atacar vai perdendo a crença, enquanto que a outra vai ganhando confiança.

Mesmo não conseguindo atacar bem, nos primeiros 30 minutos via-se que o Benfica dispunha de muito espaço para o fazer (coisa a que não está habituado) e que bastava concentração e rapidez no passe para criar embaraços aos "bifes". O sinal de que o jogo ia mudar deu-se quando Geovanni (grande jogo) atirou uma bola à trave (que grande golo seria) e na recarga Simão ainda cabeceou à figura.

Pouco depois Simão inventa um golo ... e que golo. Remate em arco de fora da área, com a bola a entrar ao ângulo. Foi o delírio no campo (entre os jogadores), no banco benfiquista, na bancada (entre os 2500 portugueses) e um pouco por todo o mundo.

Com a necessidade de marcar três golos, o Liverpool precisava de uma exibição como a que fez na final contra o Milan, para poder passar a eliminatória. Coisa que não parecia provável.

A partir do golo, foi ter muita paciência e concentração e esperar pelo fim do jogo. As substituições foram bem feitas, e até premiadas com um golo espetacular, perto dos 90 min.

O Liverpool nunca desistiu e continuou a criar algum perigo...mas aquela remate ao lado de Gerard foi o sinal derradeiro que o Liverpool não ia passar a eliminatória.

Do lado do Benfica gostava de destacar o Geovanni (pelo que correu), o Leo (continua gigante), o Beto (provou que pode ser útil ao Benfica, sobretudo se não for assobiado), o Anderson, Manuel Fernandes (o "regressado"), Simão (que "explicou" porque é que não podia ter sido vendido em Janeiro) e os adeptos que fizeram-se ouvir alto e em bom som (o que não deve ser fácil naquele estádio).

Do Liverpool gostava de destacar: o Benitez por só meter o Cissé na 2ª parte e do lado direito; o Luis Garcia por ser ibérico (tem tanto de tecnicista como de inconsequente); o Gerard por ter estado em dia de azar (apesar de ter feito um grande jogo); o Hyppia por não poder jogar e deixar entrar o Traoré no "11".

Estamos nos quartos-de-final e só peço duas coisas: primeiro jogo na Luz e que nos calhe o Arsenal (acho muito importante evitar os italianos e já agora o Barcelona).

Tal como tinha dito: Estamos de volta!!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Tolerância




Tolerância é exercida por quem se sente numa posição superior a outro. Por exemplo, os adultos são tolerantes com os disparates das crianças.

Neste momento o que assistimos é a uma demonstração clara de intolerância por parte de um grupo grande de uma determinada religião. Isso para mim só demonstra um complexo de inferioridade. Quem acha que tem razão não responde a um insulto com violência, a tudo o que se relacione com o "produtor" desse insulto. Se me chamam de parvo eu tenho duas opções: não ligar ou responder com outro insulto. E se é o António que me chama de parvo eu não vou bater em todos os Antónios, ou em toda a gente que se dá com o António, muito menos no vizinho do António

Fazendo um resumo do que se tem passado, temos isto:

- Um cartoonista fez um desenho insultuoso para o islão;

- O "ocidente" (se a terra é uma "bola", porque é que existe o "ocidente" e o "oriente"?) é acusado de ser preconceituoso, porque um cartoonista na Dinamarca fez um desenho publicado por um jornal do mesmo país.

- Fazem-se manifestações violentas um pouco por todo o mundo islâmico, para contestar o insulto. Há mortes, feridos e prejuízos materiais.


- Um jornal de um país islámico (acho que do Irão, mas já nem me lembro) lança um desafio: "que se façam cartoons para insultar os judeus, para que eles percebam o nosso lado" (o que apesar do disparate que é tentar insultar uma grande parte do "ocidente" com alusões ao holocausto-a mim só me fez pensar: "esta gente é doida"- ainda foi a resposta mais inteligente aos "insultos". Teve ainda a vantagem de demonstrar que o "ocidente" não responde a "insultos" com o uso da violência).


Em Portugal:

- Freitas do Amaral desiludiu-me.
- Jorge Sampaio surpreendeu-me, pela positiva
- Durão Barroso surpreendeu-me ainda mais (porque tem mais responsabilidades e porque tinha por ele menos consideração).
- Embaixador do Irão em Portugal elogia Freitas do Amaral e põe dúvidas sobre o Holocausto (o que é que o holocausto tem a ver com as caricaturas do Maomé é que ainda não percebi) .


Com isto tudo, aumenta o fosso entre os muçulmanos e o "ocidente".


P.S. Entretanto, para combater os bombistas suicidas, parece que existem os cartonistas suicidas!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

5 hábitos

Respondendo ao desafio lançado pelo TMA passo a indicar 5 dos meus hábitos estranhos (talvez não estranhos, mas pelo menos são hábitos):

- Usar meias quando durmo;
- Telefonar a amigos de fora de Portugal, quando estou um bocado mais "alegre";
- Quando me apresentam mais do que duas pessoas, nunca fixo o nome, apesar de conseguir lembrar-me do que fazem na vida, onde vivem, que idade têm, etc.
- Apagar todos os chain mails que me aparecem, sem os ler (apesar deste desafio ser uma coisa parecida, não é a mesma coisa);
- Descascar o camarão com garfo e faca.

Agora os felizes contemplados para que continuem este "jogo" são (por ordem em que aparecem nos links):

D'Arcy
Antitripa
S.L.B.
Pedro
Rotura de Ligamentos