sexta-feira, julho 22, 2005

The Dukes of Hazard


Começo hoje uma nova rubrica no meu blog. Uma vez por semana (mais coisa menos coisa) vou escrever um post sobre as séries de TV que marcaram a minha infância.

As pessoas da minha idade, e mais velhas, têm uma grande desvantagem, e ao mesmo tempo vantagem, em relação às gerações mais jovens, no que se refere à programação televisiva. "No nosso tempo", só haviam dois canais de TV. O que implicava que toda a gente visse o mesmo, e tivessem as mesmas referências. Assim é mais fácil, quando entre amigos, ter sessões de nostalgia, a falar dos programas que viamos enquanto putos. Agora existem mais canais, o que por um lado é bom, pois ter toda a gente a ver a mesma coisa, não tem grande utilidade, por outro lado, é mau, porque é mais dificil que os putos de agora tenham, no futuro, o mesmo tipo de sessões de nostalgia.


Passada esta pequena introdução, passo a falar da excelente série que era "Os três Duques", ou "The Dukes of Hazard", série estreada no glorioso ano de 1979.

Esta série teve o dom de lançar a questões pertinentes: "afinal o que são Duques?", "Para quando os três Barões?". Bom, pelo menos eu tive essas dúvidas.

Eu adorava aquela série. Quem é que, por exemplo, não passou a entrar pela janela do carro, em vez de abrir a porta e entrar. Ou quem é que não ficava sentado na janela do carro, a armar-se em Robin dos Bosques, com um arco e flechas imaginárias? Provavelmente muita gente. Mas eu fazia isso.

Essa série também teve o condão de me tirar da catequese. Passo a explicar: "Mãe, não quero ir à catequese, porque senão não vejo os Duques". Ao fim de algumas aulas, ganhei a "guerra". Enfim, havia que definir prioridades.

Os episódios eram, basicamente todos iguais. Ou pelo menos acabavam sempre da mesma forma, com uma perseguição entre todos os carros que haviam na cidade.

Foi feito este ano um filme, que está a causar alguma polémica. Já li que foi proibido de ir para os cinemas, e também já li que um dos actores da série aconselha vivamente a que não se veja o filme, porque este suja a imagem dos Dukes. Vamos ver no que é que isto dá.


P.S. Aconselho a não procurarem fotos recentes da Daisy, fiquem-se pelas antigas.

quarta-feira, julho 20, 2005

Férias


Finalmente estou de férias! Começaram perto do meio-dia de sábado e agora só penso em como aproveitar este período.

Já há uns anitos que não começava as minhas férias tão cedo, por isso ainda estou a estranhar a coisa. Talvez não saber se acabo o curso agora ou em Novembro também contribua para esta sensação.

Mas agora o importante é curtir, por exemplo num qualquer sitio parecido com este da fotografia. Só tenho pena de não ter guita para passar as próximas semanas a viajar, porque planos são mais que muitos.

Enfim, seja bem-vindo o período de dolce fare niente.

quarta-feira, julho 06, 2005

Descubra as diferenças...

Sujeito A diz:

"Più di mezzo Portogallo tifa Benfica: se vinciamo, si ferma tutto. Pericolosissimo, la squadra è giovane e poco maliziosa: magari stiamo 3-2 e, nel finale, i miei vanno lo stesso avanti in 8 sul calcio d’angolo. Così, si perdono i punti. Prima di ogni partita urlano 'Oggi vinciamo', e io li correggo: 'Oggi cerchiamo di vincere, accidenti!'".

Tradução:

"Mais de metade de Portugal é do Benfica: se ganhármos, pára tudo. Perigosissimo, a equipa é jovem e pouco maliciosa: pode estar 3-2 e, no fim, os meus jogadores vão na mesma para a frente com 8 para o pontapé de canto. Assim, perdem-se os pontos. Antes de cada jogo gritam "Hoje ganhamos", e eu corrijo-os: "Hoje tentamos vencer"


"Quando não se pode ganhar, é importante não perder"


Sujeito B:

"Cada vez que vou para um jogo é para tentar ganhá-lo e não para tentar não perder."

"Na época passada, em 34 jogos de SuperLiga, o Benfica marcou apenas cinquenta e poucos golos. É pouco, muito pouco para um campeão."

"Sou partidário de pressionar alto, não deixando, sequer, o adversário, organizar o seu jogo. Toda a gente atrás, à espera da equipa contrária, não faz parte da minha maneira de estar no futebol. Quanto mais à frente recuperarmos a bola, mais perto estamos da baliza contrária e da possibilidade de marcar golo. Vamos aproveitar os treinos da pré-época para sistematizar todos estes princípios de jogo."



Errar é humano, mas aprender com os erros também é. Desta vez o perfil é o correcto.

terça-feira, julho 05, 2005

Prémio "O Palerma"

Na minha, ainda curta, vida de bloguista, já estive para escrever sobre este palerma algumas vezes, mas sempre resisti. Hoje não é o caso.

O prémio vai direitinho para o bebâdo (recuso-me a escrever o nome) que tem a mania que é o dono da Madeira. Parece que este palerma leu os meus posts Made in China e Preconceito e resolveu provocar-me! Aliás é o mais provável.

Esse ser vivo que tem uma capacidade fora do comum para dizer palermices, atirou com mais uma. Mas, como eu sei que foi para me provocar, vou tentar explicar porque é que é uma palermice aquilo que esse palerma disse.

Portugal, é um país com tradição emigratória, por isso, os portugueses não podem ter nunca atitudes xenófobas. Sempre ouvi falar nas dificuldades que os emigrantes portugueses tinham em França, por sofrerem de discriminação. Ora quando um português tem atitudes deste género, está a dar razão a quem discriminava esses portugueses.

Ao ler este último parágrafo, dei-me conta que talvez o palerma se considere mais madeirense que português, ou qualquer coisa do género. Ok, então uso o exemplo madeirense. Os madeirenses têm uma grande tradição de emigração, sobretudo para o continente americano (talvez seja bom consultar algum artigo sobre esse tema). Sendo assim, então os madeirenses também deveriam "voltar para a terra deles" (frase muito usual entre a comunidade "palermista"). Mesmo o Cristiano Ronaldo deveria é de ir jogar para o Maritimo, Nacional, União da Madeira, ou outro clube madeirense, e assim não "roubar" o lugar (e o dinheiro) a um inglês, no Manchester United. Ou porque não falar de Fátima Lopes, a estilista. Ela deveria era fazer desfiles de Moda na Madeira, em vez de ir para Paris e abrir lá uma loja, roubando espaço aos estilistas franceses (de preferência parisienses, ou porque não um estilista lá do bairro).

Mas se ele estava só a falar dos produtos vindos de fora, e não das pessoas, continuam a ser declarações palermas. Só se ele também for contra a exportação de produtos da Madeira é que terá alguma coerência.

Para ser coerente terá de ser também contra a invasão inglesa e dificultar ao máximo a vida aos turistas estrangeiros, pois eles deveriam fazer turismo "lá para a terra deles" porque a "Madeira é dos madeirenses" (se ele nunca disse isto por estas palavras há-de ter dito qualquer coisa parecida).

Enfim, parabéns pelo prémio.

A frase: "Está-me a fazer um sinal porquê? Estão aí uns chineses? É mesmo bom para eles ouvirem porque eu não os quero aqui".