Falta de criatividade

Leio no Diário Económico (no fundo do texto) que a Polónia está a ter dificuldades em "encontrar projectos para executar os fundos comunitários". Ora isto traduzido para português corrente significa que eles não têm imaginação para gastar carcanhol.

Lembro-me dos "anos dourados" dos fundos comunitários para Portugal, em que criava-se cursos de formação a torto e a direito (entre outras coisas), só para poder gastar a dita "pasta". Não tenho a certeza, mas acho que conseguimos sempre atingir o objectivo proposto.

Tendo a percepção do problema actual, com os fundos comunitários, proponho duas medidas:

1. Que os polacos contratem portugueses para criarem formas de "executar os fundos"
2. Que parte desses fundos venham para Portugal, pois nós nunca temos problemas em gastar dinheiro, mesmo quando não precisamos.


P.S. A propósito de um livro que ando a ler (muito lentamente), voltarei a este assunto (gastar dinheiro sem necesidade) em breve.

Duarte & Cª

Depois de recordar algumas séries americanas míticas, com carros igualmente históricos (aqui, aqui e aqui) vou passar para o caso português. Não há série portuguesa com mais êxito que "Duarte & Cª.", sendo que o "dois cavalos" supera em carisma qualquer um dos bólides das séries anteriormente mencionadas no blog.

Descrever Duarte & Cª é algo de complicado. Era provavelmente mais parecido a uma série de BD interpretada por pessoas do que uma série policial "a sério". O barulho que se ouvia cada vez que alguém era esmurrado era algo de indescritível. O facto de a Joaninha representar a "força bruta" do lado dos bons contribuia para o grau de surrealismo da série, que rebentava qualquer escala.

Notava-se que o que faltava em dinheiro sobrava em generosidade por parte da equipa, para construir um verdadeiro "mito" português.

Os heróis eram poucos (Duarte, Tó e Joaninha), mas os vilões eram mais que muitos: Lúcifer, Atila, Rocha (ou Chalana se preferirem), Chinês ("eu não sele chinês, eu sele japonês), Albertini, Tino e Miguel. Qual deles o menos ameaçador e mais cómico, é a dúvida que ainda me acompanha.


Agora todos a cantar :"Nós somos Duarte e companhia, nós somos Duarte e Companhia"

Et Blogurus Unum

O jantar de sábado foi uma agradável surpresa (bom...talvez não tenha sido surpresa, pois de grandes Bloguiquistas não se esperava outra coisa). Cheguei atrasado e assim deixei a minha imagem de marca um pouco mais cedo do que o que costume (mas juro que foi sem intenção). Tinha enviado um mail ao S.L.B. no próprio dia, a perguntar em que nome é que estava reservada a mesa, mas quando saí de casa ainda não tinha recebido a resposta. Nada que me preocupasse, cheguei até a pensar que talvez houvesse uma mesa em nome de SLB, ou que estivesse alguém à porta com um papel a dizer "welcome MB".

Quando cheguei à Catedral da Cerveja estava um grupo de pessoas em amena cavaqueira a dirigir-se para uma (no caso 3) mesa e "cheirou-me" que era o grupo de bloguiquistas. Obtive a confirmação quando ouço uma referência ao "D'Arcy" e pergunto a alguém (HMémnon) se esse grupo era o "blind date" (expressão descaradamente roubada ao Antitripa).

O que seguiu depois foi uma interminável conversa (apenas interrompida) em que o Glorioso era o tema principal (por estranho que pareça).

Algumas soltas:

Foi engraçado perceber como diferentes personalidades tem pontos de vista semelhantes sobre muita coisa.

O jantar serviu também para eu observar "in loco" aquilo que eu estudei (sobre grupos) nalgumas cadeiras de Sociologia que frequentei na faculdade.

Aprendi que ser Benfiquista não é uma escolha, é um talento inato (tive uma prova testemunhal irrefutável). Mas há pessoas mais lentas a descobrir o seu talento (isto é uma excelente tese, digna de um doutoramento).

Foi recordada esta frase fantástica:"a águia perdeu a sua pena mais bonita".

A chuva e o frio deram o seu quê de épico ao "pós-pasto".

Como não tenho o talento para escrever (muito menos a imaginação) do maior Benfiquista do Norte, vou fazer como o resto dos mortais e indicar outros Bloggs representados, sem nenhum texto especial: Anita no blogue; Nos degraus de Laura e Lena D’Água; Uma sandes de atum e Tó Colante; Memórias encarnadas e O Berlogre; Superman Torras (blogger "virtual"); molho de brócolos; isto vai de mal a pior; cromo dos cromos.


A todos: até à próxima!

Semana D

Semana D é o título ideal para esta semana. Tenho a oportunidade de tirar um" peso de cima dos ombros" que já leva uma eternidade. Também nesta semana pode acontecer que já saiba quem vai ser o meu primeiro patrão (seria um 1º emprego ideal, por várias razões).

No entanto, toda esta indecisão (tanto sobre se vou conseguir tirar o "peso" como sobre a confirmação ou não do meu primeiro emprego) está a pôr-me num estado de ansiedade que não me lembro de conhecer. Sou um gajo calmo por natureza, chego até a ser gozado por alguns amigos por nunca entrar em stress, mesmo quando existem razões fortes para isso. Mas pela primeira vez na vida, entrei em estado de ansiedade a mais de 48h do momento decisivo. Sinto-me como se tivesse 17 anos e fosse marcar o último penalty, na final do campeonato do mundo. Mas não por segundos, é contínuo (quer dizer, quando durmo acho que está tudo bem).

Hoje acordei com o novo single da Madonna na cabeça, em especial a parte inicial (antes de ela começar a cantar), mas também quando ela diz "time goes by so slowly".

Antes do jantar começo a pensar se será verdade que fumar acalma os nervos. Bom...deve acalmar a quem é viciado. Dúvido que para quem nunca tenha posto um cigarro na boca faça algum efeito, para além de intoxicar.

Passo então para a hipótese "charro". Isto sim, deve acalmar. Rio-me para mim mesmo, a pensar na reacção de todos os que já me tentaram a dar uma "passa".

De repente faz-se luz: ver a série "Friends", na 2, pouco antes das 21h00. No entanto, a desilusão. Não deu e não sei porquê ( fui ao teletexto-sempre fiável-e estava na programação do dia).

Em menos de 24h isto passa!